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17 junho 2013

Quem? Eu? Sou?

Como pode ser que aos 26 anos eu ainda me surpreenda comigo mesma? 
Cheguei a fatal conclusão que somos desconhecidos de nós mesmos!
Neste momento eu estou fechada pra balanço, preciso me analisar, me entender, ter certezas de mim mesma, estou triste confesso, por não saber me identificar e nem me  reconhecer.
Estou a um ponto tão sensível da minha pequena e minuciosa evolução, que não consegui dormir essa noite, descobri que de certa forma me projetei para dormir com a consciência em paz e nenhum assunto para se resolver, não daquele que influência diretamente na construção do meu eu.
Passei cada minuto interminável da noite, sem sequer demonstrar um pouco de sono ou cansaço, minha mente só girava em torno de respostas que eu julgava já possuí-las, com a convicção de certas e sólidas.
Me assustei por me ver tão crua. 
Me enganei. 
Fiquei olhando para um espelho sem reflexo próprio e demorei horas na escuridão para entender que eu não tenho reflexo, que sou o próprio reflexo , e que todas as minhas escolhas e atitudes, me contornam  e reluzem quem eu sou para todo o Universo, faz de mim um exemplo, de tudo quanto é bom e tudo quanto é ruim de acordo com meus passos dados.
Ninguém segue ileso ao ser comparado ou  julgado, a vida é assim por sua própria evolução
. É dureza, mas quem disse que seria fácil?  Afinal de contas qualquer que seja o motivo que nos trouxe para este mundo, só tem uma única finalidade o de SER, e somos, muitas coisas, várias características, diversas fases dentro de uma só, e tudo o que fazemos e pensamos traduzem em um só ato; O  Ser!
E quem eu sou? Se não uma menina assustada, brincando de fortaleza?
Sou toda a certeza e quase toda a dúvida, sou o bem e o mal, sou o tudo e o nada,  sou a relatividade das minhas caras, que de maneira nenhuma são mentirosas.
Sou verdadeira, independente de qual eu esteja usando, sou a bela e a fera, e tenho plena consciência dos monstros que carrego, assim como tenho orgulho da confiança em que me foi concedida para carregá-los.
Essa noite eu recebi uma lição, maior do que todas aquelas que recebo diariamente,pelo simples fato de que me atentei à ela com precisa dedicação para minha própria formação, sem querer meu inconsciente não permitiu escapá-la, quis que eu passasse horas refletindo, me impondo a importância crucial para minha nobre e pequena evolução nesta jornada tão necessária ao meu espírito.
Algumas coisas nesta vida não nós escapam a responsabilidade, por serem essenciais para desatar os nós do nosso carma.
Eu tenho medo, e me envergonho disso!
A covardia que carrego me confundi, não sei se a tenho para não cometer erros outrora já cometidos ou a carrego como fardo, à movimentá-la em direção ao abismo, e me atirar com  medo mesmo, nas questões onde só me sobraram coragem e fé e assim o fim justificaria os meios, ou os meios justificariam os fins.
Nessa dúvida patética em ser ou não ser aquilo que sou ou deveria ser, me impedi o avanço, preciso reconhecer-me ante os passos que me farão singular em um caminho sem volta, diante das consequências que nesta dimensão eu escolhi.
Me decidi, com os olhos para dentro de mim.
Em algum momento irei encontrar a mim mesma e assim a  resposta sincera, que me fará encontrar-me no silêncio das minhas pequenas e valiosas buscas.
Libertando-me para novos passos.


Mih Martimiano - em Reconstruções de mim mesma!

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